Teodoro Franco

Textos


 

Capítulo 08 – O Circo

 

 

 

Eram os novos caras na cidade. Às quatro da tarde a rua estava praticamente vazia, a não ser por uma vaca que mastigava uma touceira de capim, que brotava de uma fenda no asfalto quebrado. A poeira de terra vermelha se misturava à fuligem da torra de café, em meio a um sol de setembro. Morro Santo era uma das regiões produtoras da droga mais consumida no mundo - a cafeína - mas havia se desenvolvido pouco. Continuava rural e com pouca infraestrutura, mesmo se situando à duas horas da capital e produzindo grãos tipo exportação. Zé estava sentado sem capacete na Honda CG125 com a pintura toda queimada de sol, observava o amigo ao mesmo tempo que vigiava os arredores. Alex cercava a mulher na esquina, com um canivete de mola.

 

Me dá logo essa porra de celular, sua vagabunda! – A voz dele era infantil, quase como a de uma criança. A mulher estava trêmula, não sabia se olhava para a lâmina apontada pra ela ou pra cara feia do bandido que a ameaçava. – Vai logo, bosta, me dá essa merda!

 

Alex agarrou a mulher pelo cabelo, ela estava apavorada, não conseguia nem gritar. Ele deu um puxão tão forte, agarrando o chumaço de cabelo, que a mulher caiu no chão. Ele guardou o canivete na bainha de couro falso, presa a um cinto de skatista embaixo da camisa, e começou a socar o rosto da mulher que só conseguiu gritar quando seu nariz já estava esguichando sangue por algum vasinho que estourara com os socos do moleque. O chão da calçada já estava sujo de sangue quando ele parou de socar. Suas mãos doíam, seus punhos estavam todos cortados pelos dentes da mulher, apenas uma fração daquele sangue era dele. Botou o celular no bolso e subiu na garupa da CG125. Quando a mulher conseguiu se sentar, ainda cuspindo pedaços de dentes quebrados em meio às lágrimas e sangue, Zé já acelerava pelas ruas quentes e empoeiradas de Monte Santo.

 

Os cabelos loiros de Zé voavam no ar sujo do asfalto. Fazia curvas perigosas com o amigo na garupa. Nos arredores da cidade a fuligem subia das fabriquetas que torravam e embalavam o café. Era só mais uma cidade, daquelas que faltavam entretenimento e sobrava tédio. Tinham obrigações, deveriam chegar rápido no acampamento e se arrumarem para o trabalho à noite. O Circo estava na semana de inauguração e eles trabalhavam em uma das atrações mais populares: a Casa do Terror. Ficariam na cidade por mais dois meses até se mudarem para outra. Era assim que funcionava.

 

No acampamento, em uma cabine de madeira improvisada como escritório, estava Raimundo. Sua figura ossuda, em uma camisa social de manga curta, atrás da mesa de madeira. Lia algumas folhas de contrato. O Alvará da prefeitura exigia um contrato de seguro, mais uma burocracia inútil e cara que Raimundo precisava compensar, em parte no valor do ingresso e em parte como prejuízo. “É cada vez mais difícil manter um negócio nessa bosta de país” pensou ele. Alguns consideravam um entretenimento obsoleto, mas no interior do estado ainda havia um bom público. Por vezes se apresentavam na capital, mas o aluguel de espaços era caro e impeditivo, além do alvará com inúmeras burocracias custosas. Da portinha de madeirite, viu Zé e Alex chegando de moto. Olhou no relógio Tissot com o vidro arranhado. Levantou, com toda vitalidade de um homem de meia idade, somado a duas xícaras grandes de café:

 

Onde vocês estavam, seus malditos?!

Agarramos um pouco, chefe! – gritou Zé, descendo da moto.

Vão se arrumar, estão atrasados.

 

Zé e Alex eram bons palhaços. Na atração deles era preciso ter experiência. Assustar pessoas era tão ou mais difícil do que fazer rir. Demorava quase duas horas para vestir e maquiar um palhaço e o portão logo seria aberto. Raimundo, por muito tempo, se opôs a ideia de incluir palhaços malvados nas atrações do circo. Pensava que poderia atrapalhar a própria atração principal que usava justamente palhaços clássicos de forma humorística. Porém, com a exploração de hollywood do palhaço como figura de horror, ele teve de colocar um palhaço malvado junto com o Jason e o Freddy Krueger na casa do terror. Como o público gostou, ele botou logo dois palhaços de uma vez. Zé e Alex eram bons naquilo e interpretavam muito bem os personagens. Essa era, inclusive, uma das ironias do circo. Raimundo sabia que alguns dos seus atores tinham mais talento que muitos artistas ou apresentadores famosos. A diferença eram as origens. Eram artistas pobres, alguns quase analfabetos. Alex mesmo tinha chegado até o Circo ainda bebê. Era comum - hoje nem tanto - que mães deixassem bebês indesejados no circo. Tipicamente itinerante, o circo servia bem para ocultar os pecados dos adultos. Filhos concebidos fora do casamento, em relacionamentos extraconjugais com homens casados, eram deixados ainda sujos de placenta e sangue no terreiro empoeirado dos circos por mães e pais inescrupulosos. Filhos de mulheres jovens com homens de posição social inadequada também costumavam ser desovados nas grades do portão, pelos próprios avós preocupados com o futuro da filha. Esses filhos do pecado eram adotados pela grande família de artistas e acabavam morando na estrada junto com eles. “Era melhor do que jogar no chiqueiro para os porcos comerem” pensou Raimundo, outra forma antiga de aborto nos sertões do Brasil. Os porcos comiam tudo, até os ossos.

 

Zé calçava os grandes sapatos de plástico enquanto Alex ajeitava a peruca verde. A maquiagem era a de um palhaço mau, com a boca grande esboçando um sorriso perverso. Havia um trailer que servia de camarote para todos os artistas. Zé e Alex não eram os únicos retardatários.

 

Aperta aí, aperta aí – disse o Mestre das Bestas.

Murcha a barriga, senão não dá. – A bailarina olhou com a cara fechada para ele.

Caramba.

Não vai dar, se continuar vai estourar o botão. Vai ter que ser com a calça jeans mesmo.

Que droga, Samanta, pareço um botijão de gás com ela.

Você parece um botijão de qualquer jeito. Tem que diminuir essas calorias, parar de comer cachorro quente e começar a jantar direito. Diminuir com essa cerveja também.

Se um cara não pode tomar uma cervejinha de vez em quando, ele vai viver pra quê?

Então fica gordo... – A mulher virou as costas e saiu andando. – E de segunda a segunda não é de vez em quando – disse de costas enquanto saía pela porta com seu vestido branco e sapatilhas de princesa.

 

O Mestre das Bestas ficou ali com a calça khaki aberta e olhando para a calça jeans pendurada na beirada do baú comunitário. Viu Zé e Alex rindo dele com as fantasias e os sapatões ridículos de palhaço.

 

O que estão olhando, seus boiolas?

Os portões já vão abrir, Mestre, cuidado pra não perder a hora – disse Zé.

Se ele ir rolando até o picadeiro, chega rapidão. – Alex respondeu e os dois gargalharam.

To gordo mas posso emagrecer e vocês que são feios pra caralho? - Pegou uma meia enrolada no chão e jogou nos dois papazes que fugiram do trailer, aos risos.

 

O Mestre das Bestas se olhou no espelho encardido. Estava realmente bem gordo. Pensou em maneirar nos cachorros quentes. A senhora responsável pelo carrinho sempre fazia o molho com tomates frescos, aqueles cachorros eram sucesso em qualquer cidade que o circo parava. Diminuir na cervejinha também, “só fim de semana agora”, pensou ele, “ainda to bonitão”. Inflou o peito, vestiu a calça jeans e calçou as botas de couro pretas. Seu número era um clássico circense. Era um domador de animais. Em algumas cidades tais espetáculos haviam sido proibidos devido a pressão de organizações em prol do bem-estar dos animais. Mas na maioria dos locais do interior do estado ainda eram permitidos e continuavam muito populares. No entanto, a era de ouro dos domadores circenses já havia chegado ao fim. Lembrava com saudade da época que o circo tinha dois elefantes, quatro tigres e dois leões. Hoje seu espetáculo se resumia a um tigre e seis poodles. O tigre Raj sempre dava audiência. Os poodles eram usados em um número com fogo, altamente dramático, o risco que os cães passavam prendiam bem a plateia e atraíam a atenção para a entrada de Raj que fazia a atração principal com chicote. Raj deitava e rolava como um cachorro adestrado. O contraste do homem domando a fera selvagem era um clássico atemporal. Raj já era velho mas ainda mantinha a robustez. Era enorme e um custo alto para o Circo. O Mestre era responsável por todas as certificações legais, inclusive a taxa anual e ainda pagava pela alimentação do animal que consistia em 7kg de carne por dia. O acordo com Raimundo, para compensar, era que as fotos com o tigre eram 100% dele. Dez reais por foto, para quem tinha coragem de chegar perto do imponente felino, é claro.

 

O Mestre seguiu pelo chão de terra do circo. Ele ia na direção do palco principal que ficava em uma tenda gigante, bem no centro do acampamento, sua estrutura de tecido emborrachado se elevava como um balão de ar quente invertido na noite clara de lua cheia. Passou por várias pessoas que se enfileiravam na frente da Casa do Terror, uma das atrações mais populares, não era nada além de uma tenda preta do mesmo material emborrachado do palco principal, com a imagem de diversos personagens de filmes de terror pintados na parede externa. Freddy Krueger e Zé do Caixão haviam sido pintados novamente e os dois personagens ficam de um lado e do outro da porta principal. Nas paredes laterais da Casa do Terror estavam ainda imagens do Nosferatu, do Alien e de um Leatherface do Massacre da Serra Elétrica todo descascado com a pintura precisando de retoques. Dava pra ver o gelo seco e a iluminação das lâmpadas vermelhas pelas frestas na lateral da tenda. Lá dentro havia um pequeno labirinto onde os visitantes entravam e levavam sustos dos artistas fantasiados como personagens de filmes de terror. Caixões que se abriam subitamente e bonecos de borracha que simulavam cadáveres espalhados pelo chão. Um desses cadáveres ficava estrategicamente no meio do caminho e o visitante tinha que dar um passo por cima dele, bem no início do trajeto. O próprio Mestre havia buscado esse boneco específico em São Paulo a pedido de Raimundo, era mais realista que os outros cadáveres e fora usado em uma novela da antiga TV Manchete, antes da emissora ir à falência. Sujo de tinta vermelha, ou às vezes sangue de porco, era muito parecido com um corpo de verdade. O Mestre entrou por um caminho escuro que dava até a jaula de Raj que ficava anexa ao canil dos cachorros. No escuro já sentiu a respiração do poderoso felino e sabia que o animal já havia percebido sua presença muito antes dele. De perto os olhos verdes do tigre brilhavam na jaula pouco iluminada. Os poodles começaram a latir do pequeno canil.

 

Oi meus meninos, como estão vocês? Prometo que vamos terminar rápido.

 

Em seu auge, o Mestre tinha vários ajudantes. Dois deles ficavam exclusivamente por conta dos elefantes, posteriormente doados para um santuário de animais em outro estado. Pegou as coleiras coloridas com as guias e atou cada qual a um cachorro.

 

Logo busco você, meu irmão – disse olhando para Raj dentro da jaula.

 

Quando o Mestre chegou nos fundos do palco principal, Samanta já estava terminando seu número acrobático nos trapézios.

 

Achei que você não ia chegar nunca... – Raimundo disse com a postura de um chefe. Estava vestido a rigor, com um chapéu cilíndrico, smoking e gravata borboleta.

Me atrapalhei no camarim.

- Como você está, meu compadre, tudo certo? – Deu um tapinha nas costas largas do Mestre das Bestas.

Tô cem por cento.

 

Raimundo fazia o papel de apresentador. Ele não fazia piadas. Dava as boas vindas, anunciava as atrações e fazia as introduções dos artistas. O único papel que fazia era o de apresentador ranzinza com os palhaços, da primeira e última atrações, que provocavam ele no palco como parte dos seus respectivos shows. Em alguns circos o apresentador era um palhaço clássico, mas Raimundo acreditava que aquilo atrapalhava as atrações dramáticas como o Globo da Morte, as acrobacias e os números com feras. Era difícil fazer suspense com nariz vermelho e cabelos de pompons coloridos. O repertório do palco principal era uma longa atração engraçada no início, três dramáticas no meio e outro longo número engraçado no final.

 

Vocês assistiram Samanta, a princesa acrobata! Meu Deus, chega a dar um frio na barriga não é mesmo?!

 

Raimundo naquele momento estava no centro do picadeiro, com um microfone dourado. Alguns espectadores ainda aplaudiam Samanta que saía do palco depois de descer as escadas da plataforma que dava para os trapézios suspensos por um cabo de aço no alto da tenda. Ela fez uma longa saudação e saiu do palco mandando beijos para a plateia. Samanta era uma mulher de meia idade e uma trapezista experiente. Raimundo saiu do picadeiro enquanto dois homens ajeitavam o material para a próxima atração. O Mestre começaria com os cachorros em um circuito com argolas de fogo em que os cães deveriam saltar e correr por um corredor em chamas. Logo depois ele levava os cachorros para o canil, voltava com Raj e iniciava o show com o tigre que rolava e obedecia o Mestre das Bestas munido com um chicote. Os homens trabalhavam apressadamente fixando as grades de ferro aos mosquetões fixados no chão de terra do palco, ao fim do trabalho as grades formariam uma gaiola de formato retangular. Enquanto isso, um pipoqueiro passava na arquibancada vendendo pipoca, refrigerantes e caldo de cana. Muitos espectadores aproveitavam esses intervalos para ir ao banheiro ou fumar um cigarro fora da tenda.

 

Na Casa do Terror, Zé e Alex executavam seu trabalho com perfeição. Zé tinha como técnica favorita sair de trás da porta com uma faca de açougueiro logo depois que o visitante entrasse em seu cômodo. Era divertido. A tenda da Casa do Terror era muito quente por dentro, o ar abafado misturado com o gelo seco criava uma atmosfera ainda mais claustrofóbica. A regra imposta por Raimundo era nunca tocar nos visitantes, os sustos deveriam ser dados sem contato físico. Alex deu um susto tão grande em uma garota que ela passou mal e vomitou. O segredo era assustar a pessoa quando ela ficasse de costas. Todos entravam atentos em um novo recinto, mas quase nunca olhavam para trás, era aí que Alex saía de trás de uma cortina preta gritando. Era um trabalho divertido.

 

No palco principal, Raj rugia para o Mestre que, com o peito inflado, chicoteava o chão. O chicote de couro marrom estalava no ar. Raj estava em cima de um banco de madeira. O Tigre de quase 300kg era uma figura ameaçadora. Em sua cintura o Mestre levava um coldre com um revólver de ferro em um cinto de couro. Era uma réplica, uma arma falsa apenas para incrementar o personagem. Se por acaso perdesse o controle do animal, a única solução era uma terceira pessoa que ficava com uma mangueira de bombeiro para esguichar água na fera e distraí-la. Já havia acontecido outras vezes, mas nunca com Raj. Raj era um animal fantástico. Em relação a acidentes em números com feras, o pior dos mundos era um ataque de elefante. O mestre já havia visto uma vez, quando ainda era apenas um ajudante. Um elefante macho adulto se irritou e arrebentou uma arquibancada inteira com a cabeça antes de derrubar a tenda principal do circo. A armação de ferro foi torcida como se fosse nada. Elefantes eram dóceis e geralmente usados em números engraçados, no entanto podiam ser mais perigosos que qualquer grande felino, quando irritados. Números com animais, afinal, eram sempre perigosos. Mas Raj era diferente, nunca havia dado problema, era obediente como um cachorro.

 

A plateia gritou de susto quando Raj foi em direção ao Mestre que desviou como um torero, mantendo o peito inflado em uma postura viril. Era tudo encenado. Depois das apresentações Raj sempre ganhava uma porção extra de fígado de boi, seu aperitivo favorito. “Esse foi o Mestre das Bestas! Palmas pra ele!” A plateia aplaudia o Mestre e o felino que estava de barriga para cima como um cãozinho, no final da apresentação.

 

É, pessoal, não fosse sua longa estadia na África como caçador profissional e mercenário eu, sinceramente, não acredito que esse homem fantástico, o Mestre das Bestas, sairia vivo dessa jaula hoje.

 

Raimundo falava suas abobrinhas de sempre para entreter o público enquanto o Mestre colocava a grossa coleira no Tigre e o tirava de cena pelos fundos. Precisava ser rápido antes que começassem as movimentações das pessoas que saíam para tomar um ar entre as apresentações. Raj podia ser um bom animal, mas era uma fera selvagem e o Mestre nunca sabia como ele reagiria ante algum maluco ou criança que corresse em sua direção para abraçá-lo ou algo do tipo. “Estadia na África”, pensou o Mestre rindo sozinho, nunca havia saído do Brasil além de uma única vez que foi ao Paraguai para comprar muambas.

 

Zé e Alex dividiam um baseado nos fundos do circo. Os visitantes já começavam a ir embora. A Casa do Terror já havia fechado e a voz de Raimundo no enorme palco principal já narrava o monólogo de despedida. Zé soltava a fumaça em direção ao céu cheio de estrelas enquanto passava o baseado para Alex.

 

To cansado pra caralho.

É… - Zé viu uma estrela cadente pelo canto do olho.

Mais tarde ainda tem aquela porra.

É…

Daqui a pouco preciso de vocês. – Samanta chegou ainda vestida de bailarina, com exceção dos chinelos havaianas.

Beleza.

Passa a bola aí. – Samanta estendeu a mão.

 

Puxou forte e fez uma caretinha. “Ela tem uma bundinha linda, eu fazia essa coroa qualquer hora” pensou Zé.

 

Onde ele tá?

No caminhão de bagagem – respondeu ela.

 

Zé imaginou o menino no escuro, durante todo aquele tempo, com a boca tapada e os braços amarrados, chorando sozinho.

 

Que foi, moleque? Tá com peso na consciência?

To nada.

Finalmente conseguimos um sacrifício decente para Ela, não começa agora.

Você tá doida, to pensando em outra coisa.

Pensando em que então?

Nessa tua buceta. Quando vai me deixar dar uma chupada nela?

 

Alex que assistia a estranha discussão até se engasgou com a fumaça.

 

Vou pensar no seu caso. – Samanta respondeu com uma risadinha.

Beleza, te procuro mais tarde então…

Quem disse que vai ser hoje, moleque?

Pra ajudar com o menino, oras. Meu Deus, você tá nervosinha hoje hein.

É impressão sua. – Samanta saiu com seu corpinho de bailarina em direção ao camarote que já estava cheio.

Caralho, Zé, achei que vocês iam sair na porrada, ou deitar no chão e trepar ali mesmo. Que bizarro. – Alex deu uma gargalhada.

Ela sabe que eu morro de tesão por ela.

Ela insinuou que você é um covarde. – Alex renovou a gargalhada.

Faz isso pra chamar minha atenção.

Se você comer, e eu falo se, ela vai poder fazer um time de futebol só com os caras daqui, isso sem contar os que já saíram do circo. - Alex riu mais ainda.

Ligo pra isso não, lavou tá nova.

 

 

 

 

Teodoro Franco
Enviado por Teodoro Franco em 19/04/2025
Alterado em 19/04/2025


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